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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Fonte... Amor




Fonte... Amor
(Maria Quitéria)

O amor não é mesquinho. Ele preenche tudo

Ele é o lume, ele é o meio e o fim
No amor não há entretanto, nem contudo
Há um limiar como o que vive dentro, em mim
Ele não precisa ser desejado
Porque se carrega e é um fim em si mesmo
Não se curva nem quer ninguém ajoelhado
Não escolhe, apenas existe e não é a esmo
Jamais irá trair, porque nunca foi posse
Ele é doação, é esse carinho, proteção
É distância se preciso, mas está como fosse
O mais perto, dentro, almofada no coração
Só os que amam, os que não buscam o efêmero
Que se abrem e se entregam a ele é que sabem
Que tudo pode desabar, o mundo ficar enfermo
Mas ele é tão imenso e sábio que nada o detém
É como um rio que transborda em abundância
- Não pode ser aprisionado em barreiras -
Está em mim como a fonte, é minha substância
Derrama, entorna, escorre até pelas beiras

Renegar o amor que sinto é como fechar a fonte
Estagnar a água mais pura que me habita
Criando um limbo entre a água e a ponte
Matando qualquer vida que em mim palpita.