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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Oceânica



Oceânica
Maria Quitéria

...meu corpo busca-te e continua a buscar-te
fio entre as pernas e a aranha abre-se
- terna -
desejando-lhe o caralho
metido entre o talho
fornicando-me
massageando-me
alisando-me
gozo à tua lembrança
à lambança
à tua dança de cacete gotejante
a ti que és o amante
a fazer-me entrar em curto
tendo espasmos e desatinos
gozando como louca
sonhando-te a boca
a lamber-me e beijar-me
querendo-te a atar-me
a prender-me na teia
que enredas e desenhas
que fazes com que tenhas
o colorido mais lindo em mim
riscando-me a pele
com teu desejo de macho
fazendo-me assim
também com o racho
a arrancar tintas e cores
desenhando-te amores
cá no sonho que vivo
onde todas as flores
agora possuem o desejo vivo
da pele que tu tens
quando cá vens
nas andanças de poeta
no melado da minha boceta
nos pêlos que eu toco e puxo
és tu um bruxo
a fazer-me loucuras nas carnes
vadiando pelas tardes
escorrendo gozos salgados
que deixo no mar cá na encosta
quando as ondas tocam-me a pele
e penso no que gostas
querendo-te aos desejos e em gozo
desejando-o feliz e gostoso
e cá já clareia o mar e o céu
a distância fica quase nada
ter-te na lembrança é o mel
que envio-te em pensamento
soprando-te um beijo ao vento
e derramando, por ti, tantas águas...


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