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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dona do Raio

Ouça:
 Maria Bethania - A dona do raio

"... O raio de Iansã sou eu
Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia
Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão
Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração
Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido, é clarão..."
(Dorival Caymmi)


Dona do Raio
Maria Quitéria

Risco teus céus com minha tempestade,
trago os ventos a despentear tuas idéias;
sou a guerreira que te mostra a verdade
nos rompantes do meu desejo de falésias.

Trisco tua carne com a fúria do vendaval,
queimando tua pele com o sal dos amores,
criando o olho do furacão em meu bacanal
nas fortes coxas abertas aos teus suores.

Sou a tua bênção e tua sina mais desvalida,
o corisco dos templos clamados, imemoriais;
sou a canga, a asa, entidade pura e atrevida,

de rosto coberto e corpo de vento e leveza,
na vaga da tua pele de onde vertem os sais
do teu sêmen que jorra orgasmo e pureza.

Simultâneo:
http://versosprofanos.blogspot.com/
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/mquiteria