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Ceumar - Avesso
Seja de todas e de quantas quiser. Divirta-se. Divida-se. Parta-se. Reparta-se. Partilhe teu desejo.
Eis-me, sabendo quem sou e o quanto represento.
A teia que teço: liberdade e desapego, paixão que não tem fim
Maria Quitéria
Você, que deixa migalhas de pão para poder voltar...
Eu, que não fantasio nesses caminhos, que simplesmente habito essas terras em minhas noites de lua e dança, que não deixo migalhas, que gostaria de perder o caminho de volta e ficar por lá. Eu, que tento mostrar o verde, que aceito todas as derramas, as fantasias, as loucuras e ainda oferto amor. Eu, que deixo a porta do arco-íris aberta a que entre. Que o convido para as refeições ao meu lado, que perfumo o chão com alfazema e aliso os lençóis para que nenhuma nesga possa ferir sua pele. Eu, que ando descalça pois meus chinelos estão à porta para que deixe seus sapatos ao seu lado. Eu, que te mostrei estrelas de outras cores e outros brilhos, que perfumei folhas comuns para que se sentisse feliz, que o alimentei com palavras de todos os verbos, que o acalentei, que fui até sua cama e fiquei quieta, ofertando meu calor aos seus medos diários, que o embalei nos braços em suas noites de insônia e levei um cheiro de rosas, que o faço olhar para o melhor, que o trago ao gosto do sexo e vida, que me embrenho pelos teus fascínios aceitando-os e abrindo espaços para tua dança...
Porque...
A teia que eu teço
A minha voz mergulha em mel para tecê-la
Amarro sonhos com gosto de amanhã,
Te entrego como presente a teia do meu dia,
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/mquiteria