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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Deus pagão



Ouça:
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Deus pagão
Maria Quitéria


Ele faz da orgia uma festa no Olimpo
Baco, meu Baco, bebendo de mim
como um fogo que corre pelo chão limpo
como os desejos da carne que não têm fim
a concha aberta de borda vermelha é taça
à sua boca de língua afoita e tão lisa
sentindo seu entranhar duro, na raça
na festa dos deuses em que Baco pisa
nas uvas e as bebe em profana arruaça
socando-as com seu pilão devasso e teso
afunda-se mais dentro macerando meu sumo
e besunta toda minha coxa com seu peso
tirando meu melhor vinho para seu consumo
brinca com as estrelas do céu da minha greta
bebe na fonte e me coloca o vinho na boca
se embriagando de mim e me morde a teta
com sua luxúria devassa enquanto soca
tão profano quanto os deuses mais devassos
cospe no universo do meu corpo em derrama
sôfrego e bêbado me encoxa em seus laços
como um pagão sem destino e sua mulher dama
espalhando dentre os mortais o nosso gozo
que, embriagados, derramamos pela vida
no Monte onde os deuses gozam gostoso
ou numa cama de zona, perdida...

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