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Maria Quitéria
Quanto, enfim, me tocares com a boca,
meu corpo responderá e, inteira louca,
me entregarei ao teu corpo de homem,
rendida aos desejos que me consomem;
Quando, enfim, me levares àquela lua,
travestida aos sonhadores e mais nua,
me colocarei à mercê do teu destino,
me oferecerei densa e tesa, sem atino;
Quando, enfim, me tomares aos goles
- nos meus frêmitos de descontroles -
eu me deixarei ficar, exaurida de ardor.
Quando, enfim, me disseres a que veio,
te embalarei com carinho em meu seio
e te chamarei, bem baixinho, de Amor...
Simultâneo:
http://recantodasletras.uol.com.br/autores/mquiteria
http://versosprofanos.blogspot.com/
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