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domingo, 3 de agosto de 2008

Negro


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Negro
Maria Quitéria

Quero a dor, a força bruta da tua mão,
o peso dos teus músculos encostando,
a parede vencendo a força da razão,
- teu sexo brilhante, apontando -
quero sentir o impacto dessa luta,
as costas arranhadas, arriar feito puta,
sucumbir até não restar mais voz;
gemer no prazer do engate, dos nós,
sentir o lanho da mão áspera e branca
misturada no branco da minha anca,
o vergão vermelho da mão espalmada,
a vermelha pingando de prazer, esfolada.
Eu te quero, Negro, na dor que antecede
a volúpia em luxúria no farto do ato
onde a pele estica, rasga, cede
ao falo mais duro de veias onde me mato
e vivo e reviro os olhos no grito deliciado,
- no palavrão de mundana de gueto -
em delírio do gozo escorrido e viciado,
ao prazer espelhado do meu branco no teu preto.

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/mquiteria